resomar 4 de janeiro de 2011

Onde está a inconsolável dor que imaginei murmurar em tua alma?

Teu olhar grisalho na calçada molhada embriaga o tempo ensombreado em busca de um ombro,
pensamento a compor versos e encantos…

Onde está a ternura de tuas mãos que entrelaçaram a solidão exposta em um chão rachado de lágrimas e fome?

O esquecimento de possibilidades enterra a coragem de ser e o medo esperneia em palavras vazias…

Onde está tua outra metade que um dia foi minha,
inquietudes feridas, labirintos sonolentos?

O amor ecoa em aprendizagens,
aparentes loucuras,
gestos ousados imersos no silêncio de sonhos…

Onde está a vida que sopra em faces feridas,
moedas entregues para esvaziar o excesso,
consciência aliviada,
sorrisos falsos estampados nos jornais?…

Onde está o ser que finge não-ser,
ou o ramo desgarrado invadindo a grama,
campo de esperança aos que prosseguem na transformação?…

Na neblina de gestos e temores,
segura em minha mão…

O entardecer nos fará interromper o sussurro da solidao…
A ousadia nos revelará o amor ainda que as rugas e turbulências tentem provar o contrário…

Viver é cerrar as pálpebras empoeiradas carregando o brilho que importou!

28.12.2010 – 20:56h
Obs: Imagem formatada por mis e retirada do e-book da autora: Pedaços de mim…

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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