A criança não entende
Não chora…
Não abrange a angustia
Do luto daquela casa!
Presencia
Por ouros olhos
A dor imensa…
Da sua falta.
Quer acordar ao som de parabéns,
no sentimento especial…
De sentir-se bem amada!
Quer cantar,
Ana Maria com o seu biquíni,
Para ouvir risadas gostosas!
E espera toda noite…
Por uma bengala e uma pasta,
Para pentear cabelos branquinhos.
Quer dar boa noite
Numa língua aprendida
E apenas sente
O continuo espanto
Do vazio presente,
Deixado com a sua partida!
Obs: Imagens enviadas pela autora:
Fotos 1 – com meu tio em 1962
Foto 2 – com a bengala e a pasta de meu tio em 1962
Foto 3 – Com minha Prima Laura Rebelo e outra prima portuguesa visitando a casa do nosso bisavô Em Margão/Goa na Índia recebidas por um parente indiano.