Ser gente é ser capaz de ter sentimentos e emoções, entre os quais a raiva.
          A raiva nos ajuda a defender nossos direitos e proteger nossa liberdade. Em sua raiz existe um desejo frustrado, um querer que não foi respeitado, uma exigência que não foi atendida, a necessidade de reconhecimento. É um dom de Deus e não um pecado, e pode nos energizar de tal modo que passamos a dispor de uma força extra para lutar por aquilo em que acreditamos.
          Ao lado de seus aspectos positivos, também há formas destrutivas de manifestação. Quando a raiva não é elaborada, transforma-se facilmente em revolta ou ódio, em violência física ou emocional, em depressão ou outras doenças. Em qualquer caso, a primeira vítima é a própria pessoa.
          Raiva não é revolta, ódio ou atos agressivos. Raiva é um sentimento, uma emoção, e como tal pode ser expressa de muitas maneiras, seja de forma destrutiva, seja de maneira construtiva. Podemos transformá-la em uma arma que nos fere, ou num instrumento que promove compreensão, num desejo de mudanças saudáveis em nossos relacionamentos.

*Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes’s Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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