24 de janeiro de 2011
Planeta terra
17/01/2011
Querido Papai do Céu, saudações.
Quero através desta expressar minha imensa consideração para com o Senhor e ao mesmo tempo manifestar minha preocupação diante da fúria dos fenômenos naturais ocorridos nesse pequeno pedaço terrestre chamado Brasil que, impiedosamente, está ceifando vidas inocentes de nossa gente humilde e crente na sua existência como Pai Supremo e Criador do universo.
Logo nós que somos um povo cristão fervorosamente cheio de esperança por dias melhores, assim como o povo no deserto liderado por Moisés em busca da terra prometida.
Nosso povo afetado pelas fortes chuvas faz parte de uma estatística, em sua maioria, de cidadãos que não tendo outro local para construir suas moradas se sujeitaram a fazer isso nas encostas dos morros, mas sempre acreditando em sua santa misericórdia. Entendo que já destruímos muito da sua criação, porém os que agem como predadores da terra e seus recursos moram em habitações seguras nos centros urbanos quase inatingíveis pela ação destruidora da natureza. Sendo assim, quem esta duramente sendo castigada é essa gente pobre que nesses momentos difíceis busca refúgio no Senhor para agradecer pela vida e chorar pelos que foram engolidos pela lama sem terem tido tempo de ao menos correr em busca de socorro.
Reconheço que nossos administradores públicos às vezes são negligentes e que somos um povo pecador, mas entendo também que o “castigo” esta sendo duríssimo.
Não quero aqui parecer querer interferir em suas ações, só quero que entenda que inocentes estão pagando um alto preço pela insensatez e ganância daqueles que destroem sem piedade a sua criação.
Despeço-me como um filho que suplica pela vida de milhares e se ajoelha diante do Pai para pedir perdão e clamar por dias melhores para meus queridos irmãos atingidos pelas fortes chuvas.
Atenciosamente,
José de Alencar Godinho Guimarães
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA