Malu Nogueira 27 de dezembro de 2010

 
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Um dia vou chegar
E explodir a minha raiva
Vomitar meu desgosto
Com feroz selvageria,
Espantar quem me agride,
Numa revanche exemplar.
Vou por minhas unhas de fora,
E furar quem me agride
E destruiu a minha paz
Sem medo, nem pressa.
Não mitigo por cordialidade
Ventilo por sinceridade,
E justiça nas horas usadas no silêncio.
Quero um arco íris vibrante
No horizonte claro e infindo.
Vendo onde começa,
Atravessando céu, mergulhando n’água
Jogando tesouros encantados
No vento que espalha paixão,
Nos tons vermelhos da hora que chega.
Vem vento, venta em minha direção,
Sossega minha esperança,
Enche meu pote de luz e alegria,
Extermina minha angustia,
Traz a minha boca uma sonora gargalha,
Para que eu vomite a vulgar lembrança
Despertada nas cores do espantalho solitário
Que transcendeu em desalinho
Transgrediu meu interior
Desfolhou meu existir
Obstruiu minha razão,
Fez-me agir pelo avesso,
Numa súbita agressão,
Por ter sido enganada
Pelas mãos vibrantes
Que tocou o indevido
Bebeu noutra fonte,
Sangrou meu coração.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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