Comemorando, alegremente, neste domingo (22), o Dia da Música, quando celebramos também o Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, exaltemos especialmente a existência das tradicionais bandas de música.

Uma cidade que não mantenha em seu ambiente, em seu círculo de vida uma banda de música, pode considerar-se órfã, sem alegria, sem festa, ou melhor, sem vida.

As crianças, ainda pequeninas, já assimilam a importância das bandas de música, atribuindo-lhes a relação que as mesmas tem com a vida social e cívica da cidade.

Se num 7 de setembro uma banda de música não desfilar pelas ruas tocando os seus conhecidos e tradicionais dobrados, o dia da pátria não está sendo comemorado e nem pode haver apresentação cívica, militar e escolar.

Se no Natal a banda de música não estiver do alto do coreto executando seu repertório, pode-se afirmar: este ano não houve Natal.

Aqui, evoquemos as antigas retretas animadas e oportunizadas com igual maneira de exibição.

No aniversário da cidade é imprescindível a presença da banda de música desfilando pelas principais ruas e avenidas.

Enfim, as bandas de música significam a razão de ser das festas e comemorações da sociedade.

Em Caruaru, para felicidade de todos, temos duas centenárias bandas de música: a Nova Euterpe e a Comercial, além de outras que se mantêm penosamente, quase sem nenhuma ajuda.

Somente o amor pela divina arte, o entusiasmo e a esperança de mantê-las funcionando, fortalecem seus componentes e responsáveis pelas mesmas.

Acreditamos que uma banda de música deveria ser uma entidade pública, e seus integrantes considerados funcionários.

Nossa cidade deveria contar com coretos em suas praças para exibição das bandas de música em retretas e muitos outros eventos culturais.

Deixamos aqui um veemente apelo às autoridades locais, às instituições públicas e privadas, aos concidadãos em geral, que doem generosamente sua contribuição às nossas maravilhosas e tão importantes bandas, que tanto nos servem e alegram.

“A música é a identidade de uma nação”.

A música enternece os corações, converte os pecadores, anima os desesperados, alegra os tristes, reaviva passados felizes e salvaria o mundo se os homens cultuassem a música com disposições santificantes, como numa atitude genuflexa de prece e muito amor.

A música realmente engrandece aqueles que a admiram, chegando até um compositor a afirmar pretensiosamente: eu vivo só, mas não me aflijo. Pois sei que Deus está mais perto de mim do que dos outros.

Solidários, exaltemos esse patrimônio cultural, conscientes de sua valiosa contribuição no desenvolvimento de nossa cidade e do mundo inteiro.
Salve as bandas de música!

(*) Autora do livro – Retalhos do Cotidiano.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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