Paula Barros 22 de dezembro de 2010

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Brinca no meu peito a palavra obrigada
Ou briga? Nem sei
Bate de um lado para o outro dentro do peito
Retorce as ideias
Embaralha os pensamentos

Me aperta tanto a jugular
Que as lágrimas aperriadas
Pulam dos olhos
Escorrem pela face
Fazendo cócegas

Não sei se enxugo
Ou se as deixo escorregarem
No tobogã das bochecas
Assentando alívio na garganta travada

Obrigada! Obrigada!
Não posso dizer
E por isso ela se debate dentro do peito
E cria sons, e cria eco, e cria palavras
E cria e pocria e recria lágrimas

Obrigada, por liberar minhas lágrimas
Enjauladas por anos dentro do peito
Obrigada, pelo habes corpos de mim
Obrigada, pela liberdade das palavras

São tantos obrigadas
Obrigadas sem fim
Descobertas, recomeços
Energias boas
Vida!

Mas não posso dizer obrigada
Sou obrigada a brincar com esta palavra
Porque depois de você
Nada me cala, escrevo, e brinco com as palavras
Emoções sentidas
Expressas ou caladas
Palavras que não podem ser ditas
Junto com a palavra eternamente obrigada

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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