A partida de um ente querido é, por vezes, a principal ruptura que acontece na vida das pessoas e exige um ajustamento nada fácil, tanto no modo de olhar como na forma de viver no mundo. Não é o tempo em si que cura a dor da perda, como habitualmente dizemos, mas o modo como utilizamos o tempo faz toda a diferença, é o segredo de renascer.

Portanto, é necessário lembrar que precisamos dar tempo ao tempo para aceitar a morte, para deixar partir, para tomar decisões, para compartilhar a dor e o sofrimento, para acreditar no deserto, para perdoar erros, para se sentir bem consigo mesmo, para criar novos amigos e para rir.

Ninguém pode tirar nossa dor, porque ninguém pode roubar nosso amor. Mas, com o tempo, a vida nos chama a aprender a amar de novo.

*Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes’s Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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