Malu Nogueira 30 de novembro de 2010

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Quando de ti saí, chorei, pensei nunca me acostumar sem ti.
Senti a saudade do teu cheiro, da luz, da brisa, da calma, do tempo.
Quando, depois, vi que o tempo cicatrizava minhas saudades,
Então eu soube que aprenderia a viver sem ti.
Quando, um dia, eu disse a mim mesma:
“Minha vida é aqui, neste lugar”, eu acreditava nisso,
Mas o destino tinha outros planos para mim.
Quando, mais tarde, moça adulta, noiva, cheia de sonhos,
Fui levada de ti,
Soube que estávamos, irremediavelmente, separadas
E que eu seria, mais tarde, uma estranha junto a ti,
Que me viste nascer, crescer, desenvolver,
Porém eu não tinha escolha.
E essa escolha não te incluía, terra natal,
Que, por tantos anos, me acolheu e protegeu.
Sou grata a ti, por tantos momentos inesquecíveis,
Em que vivenciei e fui feliz.
A ti devo o meu equilíbrio emocional,
A minha forma de encarar outras terras,
Sentindo, ainda, que pertenço a ti, terra amada,
Afogados da Ingazeira.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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