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A história nos fala e nos recorda a época do iluminismo. O homem pretensiosamente julgava-se o máximo, superior a tudo e a todos. A inteligência era endeusada e a razão adorada. O homem com sua arrogância e auto-suficiência, mas ao mesmo tempo, com sua ingenuidade pensando poder colocar-se acima do Criador, rejeitava a luz. São João, no início do seu Evangelho, nos lembra que João Batista veio para dar testemunha da luz e se referia a Cristo como a luz verdadeira que estava chegando ao mundo (cf Jo 1, 7-9). Os homens, porém, preferiram as trevas à luz.

Os regimes plenipotenciários que conhecemos não fogem desse esquema e afirmam: nós somos o poder! Quanto aos outros, que se danem! Como diz o ditado: “Quem for fraco que se quebre!” Do mesmo modo agem os regimes econômicos e tantos outros.

Já o regime de Cristo é bem diferente desses, pois o dele é o do amor e da valorização das pessoas como filhos e filhas amados de Deus. Deus ama a todos e a cada um com um amor único, irrepetível e incondicional.

O mundo de hoje continua a preferir as trevas à luz. Quanto menos iluminado, melhor. Quanto mais escuro, melhor ainda. “O que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas” (Jo 3, 20). É isso mesmo! Os que são das trevas odeiam a luz.

Apesar disso, Jesus afirma: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).

Mais de uma vez São João fala da luz que Cristo veio trazer na vida dele e de todos que querem experimentar essa luz. A primeira obra de Deus é a luz: “Faça-se a luz”! E a luz se fez (Gn 1, 3). É a luz, portanto, dom de Deus, ou melhor, Deus mesmo é a luz conforme afirma São João: “Deus é luz e nele não há trevas” (1Jo 1,5). Nascer é “vir à luz”. Assim, viver é estar na luz! “Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus” (Jo 3, 21). Cada dia é, pois, um novo começo da criação.

Somos discípulos de Cristo, por isso, não estamos nas trevas, nos lembra o apóstolo Paulo. “Vós todos sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas” (1Ts 5, 5). Eis porque Jesus nos adverte: “Vós sois a luz do mundo! Brilhe a vossa luz diante das pessoas” (Mt 5, 14). Esse é o grande testemunho que todo discípulo missionário é chamado a oferecer ao mundo, pois Jesus diz: “Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16).

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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