Regina Carvalho 5 de outubro de 2010

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Nacos de tecido, talos de capim
Infinitos pedaços de matéria
Nada durável, mas indestrutível
Haja o que houver
O ninho

É ainda para as crianças

Para os pássaros novos
A revelia de não saber voar
Rapinar o alimento
Atacar o inimigo

O ninho e a asa da mãe
Só para os inocentes

Porque só os inocentes ousam
Acreditar que conhecem a verdade
Sorrir por entre olhos marejados
Sorrir como quem morde
Arames e clips.
Revolver a terra em busca de vermes
Ouvir passos que chegam e partem. Amar
Será sempre o ninho

Nada pode deter os que constroem ninhos
os que vivem para construção de ninhos
voam tão alto, contudo sabem
os limites eternos da gravidade
solitários deuses, por um ninho maior!

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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