26 de outubro de 2010
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Sem cor, sem desejos, sem pudor. Vagava madrugada a fora, em diâmetro de um quarteirão.
– Já passou por aqui três vezes. Dizia o observador.
– Mas a narrativa é onisciente. Relembrava o pássaro, que passando tempo no fio também atentava.
– Vou aguardar mais um pouco, se ela passar aqui novamente, vou perguntar – “Qua’lé a sua ô da caminhada? Sai logo desta estrada. Não vê que já vai raiar o dia? Daqui a pouco isto aqui ferve de gente. E a visão será compartilhada. Ou vc se manda ou então, vê se enrola em toalha.”
– Faz isso não… Observador maluco. Deixa a mulher andar pelada. Não tira a alegria deste pobre pássaro, sem asa e sem escada.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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