Malu Nogueira 5 de outubro de 2010

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Malandro, onde tu pensas que estais?
Assim vestido, vais a algum cabaré?
Ou vais a algum lugar proibido?
Olha que eu vou te descrever!
Tu achas que passareis desapercebido?
Ledo engano.
Com um uniforme completo,
Talvez fosse mais discreto,
Essa tua escapada.
Mas assim…
Com essa camisa de cambraia de linho, branca feito cal,
calça de linho irlandês,
sapato de couro importado, bicolor.
cabelo com brilhantina,
perfume Madeira do Oriente?
Na hora que apontares na esquina,
Não haverá viva alma que não te veja,
E essa aparição correrá mais rápido que rastilho de pólvora.
Melhor entrar nesse botequim, trocar de camisa,
outra mais simples,
perfumar tua boca com uns goles de cerveja,
Que impregná-la em lábios ocultos,
Gasta teu tempo com jogo de cartas,
Que usar tuas mãos em recônditos rosados.
Usa tua energia em conversas amenas,
Ao invez de suar a fronte para explicar o inexplicável.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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