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– Não dá. – Responde ela após a pergunta.
– Não acredito. Não faz isso comigo! Não aqui!
– Me desculpa.
– Agora não! Por favor. Eu te imploro!
Silêncio.
– Eu juro que eu tentei, mas não dá pra passar daqui.
-Não faz isso. Por favor!
-Sei lá…
– Porquê? Me diz porque somente agora e aqui!
– Não consegui falar antes.
– Olha pra mim! Olha pra mim! Estou falando com você! Me dá um motivo?
– Você ronca.
– O quê?
– Você ronca!
– E daí?
– E daí que não consigo dormir!
– Eu faço um tratamento. Agora vamos!
– Não sei…
– Eu prometo. – Afirma ele beijando os dois dedos em um formato ‘x’.
– Ainda não sei… Você também adora soltar pum. Você podia ser um pouco mais discreto. Mais educado. Eu sei que já temos um tempo de convivência, mas mesmo assim algumas coisas não se fazem.
– Eu paro. Serei mais discreto. Mas agora vamos!
– … E também tem os arrotos.
– Para vai! Isso é coisa tola.
– Pra você! Outro dia você fez isso quando uma das minhas amigas estava lá em casa. Quase morri de vergonha. Queria me enterrar.
– Tá bom … eu mudo isso também.
– Posso continuar?
– Espere! Não se meta. Isso é uma briga de casal. Pega muito mal para um senhor como você ficar se metendo nas brigas dos outros.
– Tudo bem eu só quis ajudar.
– Não fale assim com ele! – Grita ela. – Ele não tem culpa. Odeio isso em você. Esse seu desprezo pelas pessoas. Esse seu comportamento intempestivo.
– Aff.
– Odeio esse seu ‘aff’ também.
-Você ta bem?
-Estou ótima.
– Tá de TPM justo hoje.
– Não estou de TPM.
– Vai ver é o nervosismo.
– Filha tá tudo bem?
– Tá sim mãe.
– Meu genro?
– Tudo na perfeita paz minha sogra.
– E então?
– Só um instantinho minha sogra que já vamos continuar.
– Tudo bem, não demorem, já está pegando mal. Já estão falando.
– Daniella, meu amor não faz isso comigo. Tá todo mundo aqui querida.
Silêncio.
Ela respira fundo. Olha a multidão. Olha ele…
– Tá bom. A resposta é ‘SIM’. Eu aceito.
– Pronto seu padre pode continuar o casamento.
Obs: Imagem enviada pela autora.