Nada mais lindo e santo do que uma criança!…
O brilho e encanto de seu olhar, a espontaneidade de seus gestos, a sinceridade de suas palavras!…
“Quando estou diante de uma criança, dois pensamentos me assaltam: um, de ternura pelo presente e outro, de respeito por aquilo que ela pode ser no futuro”. Afirmou a grande educadora Maria Montessori.
O Divino Mestre porém, foi mais longe, quando garantiu-lhe a felicidade suprema, sentenciando: “Deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus”. E ainda acrescentou: “Quem não se fizer como criança, lá não entrará.”
A pureza é o privilégio e atributo sine qua non da criança.
É lamentável constatar a ausência dessas prerrogativas infantis, pois encontramos numerosos desses pequeninos seres perambulando pelas ruas de nossas cidades, desnutridos, nus ou seminus, famintos, doentes e, pior ainda, corrompidos, futuros criminosos ou dolorosamente, já criminosos.
Esta catástrofe humana, paralela às catástrofes naturais e inevitáveis e à perversidade dos “poderosos da Terra”, grassa por todo o planeta, especialmente pelos países subdesenvolvidos, onde a educação é meta relegada a último plano pelos poderes públicos.
O lema “Lugar de criança é na Escola!…” está muito distante de ser concretizado.
É desolador presenciar crianças abandonadas, espancadas, seviciadas e até assassinadas pelos próprios pais.
“A maneira mais adequada de resolver problemas não é apontar culpados, mas apontar soluções”. Atrevo-me, porém, a apontar fatores incontestes e responsáveis pela maldita parafernália, que é a degradação moral dos tempos presentes:
– A irresponsabilidade paterna.
– A libertinagem dos costumes divulgada e vivenciada através dos meios de comunicação, sobretudo a televisão.
A pseudo-educação, distorcida e desencontrada com a própria etimologia da palavra e criminosamente ministrada em nossas Escolas.
Para conquistar, ou melhor para desafiadamente reconquistar o equilíbrio moral e a educação das crianças, precisaria, com certeza, uma violenta revolução nos costumes dos povos e um assimilar consciente desta urgente necessidade, por parte de todos – pais, educadores, família, sociedade, governo.
Gostaria sim, de comemorar o DIA 12 DE OUTUBRO com todas as crianças do mundo inteiro, pobre e ricas, pretas e brancas, doentes e sadias, feias e bonitas, deficientes e perfeitas, boas e más, dando-lhes as mãos, cantando e dançando aquela IMACULADA CIRANDA da fraternidade, da compreensão, da ajuda, da paz, da justiça, do amor e, sobretudo, da PUREZA e da INOCÊNCIA.
RESGATEMOS AS CRIANÇAS!… SALVEMOS O MUNDO!…
* Autora de Retalhos do Cotidiano