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Das entranhas brota o remendo
inquieto no tempo
procura o sol
e dança com a brisa fresca da manhã

Vai tomando as cores do verde
e o lustro das folhas
iluminam nos olhos
silêncio e mistério

O banho da água
deixa as gotas
fluidamente acariciarem
tua beleza

Entre os pingos da chuva
o cheiro da flor que insistente
desabrocha sem permissão
multicor audaciosa

Brota sem medo rebento!
Venha acontecer o verde
Nesta paisagem indiferente

A tua irmã água não ficará indefesa
o teu sol não vai ferir o ser
as espécies se multiplicarão
a colher das tuas raízes
o sal e o suco da vida.

As sementes serão plantadas
e nos vales secos brotará vibrante
um tempo novo.

Nas veias destes humanos
correrá a seiva verde
de uma esperança presente
Amarão o mar
cantarão uma cantiga de ninar
à pequena flor
que ensinará para o mundo
que ainda é possível
ser gente.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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