Malu Nogueira 9 de agosto de 2010

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            Uma lágrima quando ameaça cair dos olhos de uma mulher, deixa inundado seu rosto que, feliz ou triste, dá seu tom nessa lágrima quente e salgada que cai.
            Quando, por felicidade, a lágrima escorre, quem a derrama sente-se grato por alguma coisa e externa, chorando, esse sentimento.
            Mas, quando a lágrima mostra a tristeza de um semblante contrito de sofrimento, seja por um problema, pela perda de alguém, pela dor física ou decepção, essas lágrimas deveriam ser aparadas, jogadas em mar aberto para serem quebradas na praia.
            Ou então, quando escorressem de um rosto, perdessem-se na boca aflita, soluçante e fossem engolidas para voltar àqueles olhos tristes sob a forma de lágrimas diferentes: lágrimas de superação, entendimento e resolução firmíssima de que o abatimento moral, ora incidida, não volte àquele semblante.
            A lágrima que sensibiliza, também endurece corações que não exercem a bondade para com as pessoas que dedicam amor e atenção.
            Seria maravilhoso que a lágrima sempre viesse em momentos felizes, nunca provocadas por sentimentos de pesar, perda ou ressentimentos.
            Que cada lágrima derramada fosse usada para lavar corações insensíveis, brutos e arrogantes e servisse para transformar tais pessoas em espírito, impingindo sentimentos sinceros e permanentes.
            Só dessa forma se evitariam lágrimas derramadas em agonia e tais pessoas seriam transformadas em reduto de fraternidade e respeito.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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