Paula Barros 24 de agosto de 2010

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Assim, de súbito, a emoção desgarrou-se de si e embalada no galope feroz das lágrimas foi. Teve medo, muito medo. Medo de enlouquecer com o turbilhão de lembranças, emoção e carinho. Feito um pássaro especial voou. Feito a flauta doce encantada cantou. Sem amarras, sonhou.

Assim, de súbito, acordou. Viu-se caída, asas coloridas, partidas, o bico trincado. Não cantava, não voava, sonhos depenados.

Olhou o céu azul, imenso, sem bordas. Viu o horizonte fazendo a curva, cheirou as nuvens, beijou o sol. Sorriu. Respirou aliviada.

Assim, de súbito, o chão era rolante. E passou a vida. Subiu e foi. Ainda está indo. Na palma das mãos as raízes seguram as linhas dos sonhos. Nos pés a planta da vida. Os frutos serão colhidos pelo caminho.

Obs: Imagem da autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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