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O relógio dita o compasso da vida num vai e vêm silencioso: Aliás, o silencio só é quebrado nas noites solitárias em que me arrepia um tic… tac… assombroso: anúncio da proximidade do fim do sopro divino que entra e sai de minhas narinas.
Sou escravo dessa representação do “kronos”. Sou a própria areia da ampulheta vendo passar a vida num piscar de segundos. Sou o coelho sempre atrasado no mundo encantado da menina Alice.
Ele me olha e lê a angústia presente em meus olhos. O medo de que seus ponteiros sejam mais ágeis, espertos e malandros que a minha inteligência, antecede a brancura natural de meus cabelos.
No intervalo do tic… para o tac… a existência de um abismo abstrato: um tic… de vida; um tac… de morte. Morte e vida num só segundo.