Marcante 30 de agosto de 2010

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          O castelo ruiu, e o vento varreu tudo em volta – acabou!
          O que era, deixou de ser… E o que deixou de ser, nunca foi…
          Fico a procurar dentro das ruínas, algo que identifique você, mas, não vou achar nunca, porque no momento exato da queda, você correu. Correu, mas não escapou, foi varrido também pelo forte vento.
          – Ai que dor tamanha!
          Como me consome esta dor!
          Recordar, é a minha melhor maneira de fugir, ao que irremediado está.
          Vejo você ainda com esperança do melhor.
          Vejo você ainda como desejaria que fosse no contexto certinho da vida.
          Como posso abandonar se um dia me senti cativada?
          Como faço morrer o amor de vez em mim?
          Dizem os sábios, que o verdadeiro amor nunca morre. Ele adormece e adormecido vai ficar. O lugar no coração vai permanecer. Mas naquele exato lugar algo secou.
          Castelo, farei outro dia, quando conseguir com muito afeto, regar cautelosamente este pedaço seco, dentro de mim, que é você.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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