26 de julho de 2010
Quantos sonhos a gente insiste em sonhar
embora saibamos que na realidade
jamais se tornarão o que gostaríamos
que se tornasse.
Planejamos acontecimento,
“sonhamos acordados” com tanta teimosia
que parece que dominamos o mundo real.
O que lançamos para o futuro
desaparece no presente,
e resta apenas o que dispensamos
ou que achamos desnecessário.
Os sonhos nos fazem caminhar
para frente.
Outras vezes nos fazem
viver no mundo das ilusões,
perdidos nos labirintos que criamos.
Sonhar pode tornar-se uma fuga:
fuga de nós mesmos,
fuga de nossa realidade,
fuga do confronto consigo mesmo.
Insistir em sonhar
pode significar para muitos
o último esforço de continuar a viver.
(Caxias 07.07.2003)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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