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       Nossa população de idosos cresce rapidamente no Brasil e quando se pensa que chegou a época de descansar começam os transtornos típicos dessa fase da vida do(a) trabalhador(a) brasileiro. Começam as filas e as humilhações nas entrevistas e perícias que nunca terminam no INSS.
       Nossos idosos são rotulados legalmente de inativos. Mas como inativos se continuam contribuindo para o crescimento de nossa economia e fomentando o comércio varejista e ajudando culturalmente o País com seu legado histórico?
       Agora nossos idosos são tratados como pessoas que precisam da piedade dos outros. Seus lugares por direito nos ônibus são ocupados pelos ignorantes ativos dessa sociedade capitalista que se afoga na lama da barbárie. Seu passe livre é encarado como a desgraça que ajuda a quebrar economicamente as empresas de transporte público coletivo.
       Sua lentidão é vista como um atrapalho para o trânsito de pedestres atrasados nos grandes centros urbanos e seus sonhos são apenas loucura da caduquice de quem já não serve para o mercado de trabalho.
       Nossos idosos que tanto contribuíram para o crescimento do País são vistos agora como peças enferrujadas que precisam ser descartadas no lixo da incoerência moderna.
       Esse momento que deveria ser de descanso passa a ser de sofrimento e de exclusão social.
       Queremos uma velhice com dignidade e respeito. Merecemos descansar em paz em nossas varandas e usufruir dos frutos de toda uma vida de trabalho suado.

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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