olhando o céu
lembro vincent
e o desconcerto
que estala tantas vezes
na falta de sentido
de estar vivo
ele entendeu a seu jeito
o que vivia e nunca deixaria de morrer
o mundo se retorce
no universo sem começo
em vídeos e pesquisas
inconclusos
e um ator de barba ruiva
recria a obra que nunca foi
criada
vincent nos redime
do alto dos telhados
os corvos negros
em busca de carniça
ao sol poente
e sobre o campo dourado
dos trigais
pelos pastos de estrelas a arder
no céu convulso
todos os dias explica
numa resenha impossível
o mundo dos tormentos
sem saída
Obs: Imagem enviada pela autora : Céu de Vincent