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BERTRAND (1979) descreve que existe, ao menos, cinco paradigmas em que pode ser situado o campo da educação.

    A. O paradigma racional, que enfoca a educação como transmissão de conhecimentos e valores dominantes.
    B. O paradigma tecnológico, que concebe a educação, levando em conta a eficácia e a comunicação educativa.
    C. O paradigma existencial, voltado sobretudo para o desenvolvimento da pessoa.
    D. O paradigma da pedagogia institucional, que anula a relação opressora entre dominadores e dominados.
    E. E, finalmente, o paradigma inventivo, em que a prática educativa se levanta sobre a construção de comunidades e de pessoas (BERTRAND et VALOIS, 1982). Esse último paradigma é o que corresponde à corrente pedagógica que Claude Paqette chama de pedagogia aberta e informal e Ginette Lépine chama de pedagogia comunitária (BERTRAND et VALOIS, 1982). Numa pedagogia aberta e informal, o educando empreende uma marcha de desenvolvimento autônomo e pessoal. A aprendizagem é, antes de tudo, uma tomada de consciência que o educando fará no ambiente educativo. A pedagogia comunitária procura desinstitucionalizar a instituição escolar e formar indivíduos engajados na ação e na produção da sociedade em vista de um socialismo participativo. Essas correntes pedagógicas valorizam a autonomia e a liberdade. Autonomia e liberdade significam: ter terra, casa e comida. No modelo de pedagogia comunitária de Lépine, o mestre é definido como adulto da comunidade. Estou seguro de que tanto Paquette quanto Lépine, quando falam das pedagogias aberta e informal e da pedagogia comunitária, aplicam seus modelos educativos aos sistemas escolares tradicionais.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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