Walter Cabral de Moura 13 de julho de 2010

([email protected])

O silêncio é instrumento
comparável ao esqui –
é passar e deslizar
cuidado aqui, não vá /
                            cair.

O silêncio é vertigem
ver, ouvir e não falar –
talvez por falto de assunto
talvez por muito sentir /
ainda mesmo que coce
no vão da língua uma impigem.

O silêncio é veludo
que veste de gala e zelo:
parece, pois, desmantelo
um não querer ficar mudo.

No mapa do meu teclado
há um tesouro: o espaço
           em
                branco
para mostrar
a cor do silenciar.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]