18 de maio de 2010
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( mpaula26@hotmail.com)
Pego nas mãos o fruto. Abraço com a alma. Mas não pego todo, só uma parte. Tento degustar cada gomo. Saborear o sabor que me desce as entranhas. O sumo escorre, a essência me invade. Entorpece. Fico entre pasma e estarrecida.
A árvore está distante. O fruto chega as minhas mãos. A árvore não. Impossível conversar com a árvore frondosa. Tantos frutos.
Me falam as folhas. Sorriem ao vento. Reflito, grito por dentro, nessa perplexidade de admiração.
Como pode uma árvore, apenas uma árvore frutífera ter tantas safras? Produzir os mais belos e saborosos frutos.Me questiono junto com os arrepios da alma.
Obs: Imagens da autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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