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Incomoda-me ver essa gente branca de espírito abrir a boca para atacar os negros quilombolas de preguiçosos e protegidos pelo estado. Pensa essa gente, com ignorância nobre, que o negro deve continuar servindo como mão-de-obra escrava ou barata às oligarquias brasileiras.

Incomoda-me também ouvir essa gente bradar que terra deve ser dada para quem produz e não demarcada como área de quilombo onde há apenas barracos e um povo que nada faz e ainda se acha importante nesse governo assistencialista.

Incomoda-me saber que essa gente branca de espírito tem raízes negras e mesmo assim se acha superior, mesmo sendo atendida pelo programa bolsa família, uma forma de alimentar sua barbárie racista.

Sonho, mesmo que pequeno, com um mundo de respeito. Bonito por ser diferente e rico por ser plural. Um mundo capaz de ser igual em solidariedade e dignidade para se viver bem com aquilo que é básico para o ser humano. Sonho ver essa gente de brancura preconceituosa se acabar um dia para vivermos a paz tão sonhada.

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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