Malu Nogueira 18 de maio de 2010

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Se por acaso voltares,
Será para novos amanheceres.
Com auroras rompendo-se
Nos cantos da manhã que se acorda.
Se por acaso voltares
Será para ver as folhas inquietas da árvore da vida,
Que condenadas pela saudade
Sacodem-se com os ventos de amores desfolhados.
Se por acaso voltares,
Como será o meu eu,
Partido no encontro atroz do desnível revelado?
Se por acaso voltares,
Será para ouvir o piado da coruja,
Que vigia meu coração.
Se por acaso voltares,
Será pela descoberta das asneiras
Que desfilaram no emblemático torso
Que se misturou ao jogo
De meias verdades e, nem repara que o ocaso
Não é por acaso que acontece,
Mas que decorre pela falta
De anoiteceres na vida,
Que não se acostuma com o acaso,
Que veio com o talvez,
E não diz: enfrente! Seja forte.
Que inventa nova alvorada.
Se por acaso voltares,
Será para reencontrar o amor,
Perpetuar tua face na face que se volta.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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