“O amor de pai é doce, mas o de MÃE levou mais açúcar”.
Palavras de um simples, porém SÁBIO camponês. Aplica-se bem, aqui, a afirmação magistral de Dom Hélder Câmara: “Há pessoas que não sabem ler nem escrever, mas sabem pensar”.
É o caso daquele homem rústico e limitado. Não lia, não escrevia, contudo sabia PENSAR e PENSAR alto, chegando à conclusão acima, atingindo assim, com SABEDORIA, a plenitude da compreensão do verdadeiro AMOR. SABEDORIA é a máxima conquista humana. O próprio rei e sábio Salomão a enaltecia e a suplicava a Deus, como penhor único da verdadeira felicidade.
Sem querer subestimar a figura paterna, exaltemos com justiça as prerrogativas e privilégios maternos.
No grande milagre da procriação, o pai tem um desempenho biológico restrito. A MÃE, porém, conserva a semente da vida durante nove meses no seu útero, doando-lhe tudo de que necessita para o seu crescimento e formação integral, nutrindo-a com o seu próprio sangue.
Ao nascer o filho, o pai alegra-se, emociona-se e sente a responsabilidade do momento e do futuro que o aguarda.
A MÃE, além de tudo isso, experimenta dignamente as naturais e sagradas dores do parto e suas conseqüências.
O cordão umbilical é cortado e fisicamente o filho se separa da MÃE, mas permanece unido emocionalmente pelo amor, proteção e, sobretudo, pelo sustento, através do ímpar e insubstituível alimento, que é o abençoado leite materno.
Continuando a trajetória do AMOR, a MÃE prepara o colo infatigável que embala e protege o filho sem cessar.
O pai é responsável pela subsistência material do filho e deverá ser também pela espiritual e moral.
A MÃE é aquela sentinela permanente durante toda a vida do filho.
A mulher só atinge a plenitude de pessoa humana ao sagrar-se e consagrar-se MÃE, conforme opinião de muitos.
Não queremos aqui tecer comparações entre pai e MÃE, pois o comparar é perigoso e, às vezes, até injusto.
Rendamos, pois, homenagem à MÃE, à nossa MÃE, a todas as MÃES, lembrando-nos de que tudo passa e assume a dimensão da velhice. Entretanto, nada mais atual, atraente, fascinante, surpreendente, sempre antigo e sempre novo, de que a excelsa figura da NOSSA MÃE.
Esta que é ÚNICA, chegando os eruditos e lingüísticos a afirmar que até o presente, não encontraram ainda RIMA para o santo e quase divino nome de MÃE.
Ela é, ainda, aquela que está inserida no naipe dos mitos, dos heróis e dos santos, é totalmente imbuída de dignidade, carisma e privilégio “carregando com um excepcional amor o filho no seu útero, por nove meses, no colo, por dois anos e no coração, por toda a vida.”
E , enfim, se parodiando o Cântico dos Cânticos, lançássemos a pergunta: – “Quem é está que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol?” Com certeza, obteríamos uma resposta uníssona que ecoaria em todo o universo: MINHA MÃE!….
(*) Autora de Retalhos do Coração.