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Invade-me a alma
Um sentimento doído
De ver tanta miséria
Engolindo nossa gente,
Homens e mulheres
Como animais
Jogados na imundice
Fruto da exclusão.
O horror da fome
Desnutrindo crianças
Que sem roupa, ao tempo
Mostram sua fraqueza
Em meio a tanta sujeira,
Mas parecem contentes
Com tanta desgraça
Que se recolhem
Em seus lares pobres
Esperando o pior.
Comove-me vê-los assim
Com tanta fome
E sem nada
Quando tantos esbanjam,
Estragam, esnobam.
E essa gente segue
Com sua fraqueza social
Roubando com os olhos
Aquilo que não podem tocar,
Saciam sua fome
Com a própria dor
E se transformam
Em marginais
À margem da vida.

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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