Laudi Flor 20 de abril de 2010

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Comprei um travesseiro da “NASA”.
Aquele que na embalagem, o astronauta, garante um sono perfeito, restaurador, espacial, cósmico, galáctico, interestelar, enfim, o sono dos deuses! Sem contar que o “dito cujo” é antiestático, antiácaro, anti-fungo, anti isso, antiaquilo… Falam até, que a espuma tem memória!
Chegando em casa, aguardei acomodar primeiramente meu corpo, e depois meus sonhos, para só então desfrutar dos benefícios espaciais. Pensei que se os astronautas dormem com travesseiro igual, e nunca se ouviu falar que sofressem de insônia, evidentemente, uma simples mortal, desfrutaria do perfeito descanso. E se o sono não me visitasse numa nave prateada, e o astronauta da embalagem não surgisse do nada, para garantir uma noite perfeita com cantigas de ninar, e palavras doces, que pelo menos meus sonhos não se transformassem em pesadelos, e não me aparecesse do nada, um “homenzinho barrigudo e verde”.
Depositei no travesseiro, a esperança, e a doce expectativa do incrível final da minha insônia e desejei firmemente que ela sumisse algemada a um rabo de foguete. Mas nada aconteceu, meus devaneios não se concretizaram!
Passei a noite inteira rolando na cama, resolvendo na cabeça, meus problemas pessoais, e somente quando o dia despontou, a brisa fresca e amena entrou pela janela do quarto e tocou meu rosto, como que fazendo carinho, fiquei ali, estática, apreciando pela fresta da persiana, lentamente o despertar das horas, o dia clarear, o sol nascer, até que finalmente eu pudesse levantar da cama, e começar um novo dia, e naquele instante mágico, percebi que o primeiro astronauta a pisar no espaço (Gagarin), tinha razão: A terra é azul!
E eu estava feliz!!!!

Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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