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Furacões me atormentam,
Tempestades tiram minha paz,
Deslizamentos me conduzem perplexo.
Fico triste,
Vidas levadas,
Arrastadas pelos esgotos imundos,
Soterradas na incompetência política.
Funerais de sonhos,
E o recomeçar com saudade.
Saudade daquilo que era nossa única dignidade,
Nossa casa, família,
Nossos poucos bens materiais
E uma montanha de bens humanos
Acabando como lixo em meio aos escombros da improbidade.
Morros deslocados para as portas das mansões dos inabaláveis,
Uma lama da pobreza estrema
Procurando abrigo,
Aconchego.
Lágrimas da dor de uma invalidez insuportável,
Restos humanos nessa barbárie natural
Conformados por não terem mais nada,
Até a vontade de viver se esvai na enxurrada urbana
Produzida pela ganância…

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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