Nicole Bianchini 15 de março de 2010

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Dedicado a Dulce Bianchini,algúem que se foi porém não levou as memórias consigo.
Obrigada vó,pelos mais sutis ensinamentos.eu ainda te amo
Cade aquele chocolate

que vinha com cartões de dinossauros para colecionar?
Fico surpresa que não exista mais!
Confesso que tive sandalia da xuxa,
cor-de-rosa com cheiro de chiclete
As vezes eu queria ter visão thundercats

Criança não sou mais,embora queira viver as aventuras de tin tim
meus medos,minhas inseguranças
As vezes perco o controle diante de tanta injustiça
queria poder acionar a liga da justiça!

O cheiro da comida da minha vó,
passar as tardes com ela,sair na varanda
e fingir que sou a cinderella
Contos de fadas hoje já não escuto mais,é segredo…
mas ainda acredito neles
Temo um dia perder a magia da vida,deixar de sorrir com pouco
feito criança com pipoca ou bolo
Queria ter uma máquina do tempo,pra voltar a levar biscoito pra escola
pra não chorar por amor,quando um único corte no dedo era a minha dor
Falta também do meu avô,das risadas repetidas e até das dores de barriga

Saudade quando as mentiras eram inocentes,uma febre para faltar a escola em dia de prova
Saudade de bolinha de gude,futebol de botão
de quando podíamos brincar no portão

Toda tarde poderia virar bolinho de chuva
de noite quando esfriar,
chocolate quente!
e quando amanhecer,sermos ainda feito criança
sinceros e dispostos pra fazer do cotidiano
uma descoberta,uma alegria
e criar um pouco de fantasia para compor esse nosso dia-a-dia.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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