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De azul cristalino
E tão singular,
Vastidão desmedida
Que me leva a pensar
Em seu longo percurso
E ondas traiçoeiras
Que parecem ovelhas
Ao vento a pastar
Iludindo quem vê
E aguçando a tempestade
De tantos sentimentos
Difícil até de contar,
Cheio de beleza
E ricos encantos
Com mistérios antigos
Escondidos sob o luar
Em tão belo rio
Que desliza barulhento
Orgulhoso de si
Mostrando-se nu
Sem nada a esconder
Envolto em magia
E discreta sedução
Com suas praias limpas
De areia branquinha,
Recanto em descanso
Pra satisfazer
Alheia curiosidade
De olhos extasiados
Sem nada entender,
Mas maravilhado
Com tanta vaidade
Que se bestifica
E chega a se curvar
Diante ao poder
De água com vida
Que chega ao deságüe
Senhora do mundo
E não se mistura
Assim de repente
E em frente à cidade
Sua pérola querida
Faz linha em limite
De encontro traçado
Marcado de cores
Com natural destino
Transcorre o mundo
E deságua assim,
Em frente à cidade
Sorrindo pra mim,
Sorriso comprido
De azul e de barro
São rios que se encontram
Em briga elegante,
E é fácil dizer
Que a imagem que fica
É tão verdadeira
Que rouba suspiro,
É meu TAPAJÓS
De tantos encantos.

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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