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Do fundo do abismo,
O tempestivo amor,
A sombra de outros luares,
A face perdida de Judas,
Uma réstia de sol sem brilho.

Pálida está,
Entre escombros,
A pura alma sacrificada
Por errantes desígnios
À procura da primavera de Deus,
Que se foi em sonatas e em cores.

Resta somente o consolo
De minguados sonhos
Postos numa toalha de linho
De tão suave brancura
Que entorpece a alma.

Minha impura e afável Suzana
Ides como viestes
Sem esquecer no último momento,
Entre rosas brotadas pelos ventos
O beijo que esquecestes no caminho.

Ides, enquanto a amarga lágrima
Presa em comovente anseio
Cristaliza em lembranças consumidas
Em dores, antes que a morte se aproxime.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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