Célia Cavalcanti 23 de fevereiro de 2010

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É como um rio que corre,
O sol que nasce e morre,
Criança que chora e sorri,
Jogador que perde e sofre.
É noite que precede a aurora,
É como neve a queimar…
É sombra que traz calor,
É mar que nunca esvazia…
É o amor que parte e o coração que se parte
E outro amor que renasce…
É gente pedindo paz e guerra que gente faz,
É luta do mal contra o bem e pouco importa ninguém.
É rico que pouco tem e pobre que rico é.
É como a chuva a cair e a seca que nunca tem fim…
A promoção já definida pra quem devia sair,
E fica sempre por baixo aquele que deve subir…
É uma rotina sem fim é um viver para quê?
È um lutar, um querer, uma esperança a morrer…
E num eterno contraste, aqui se vive e se nasce,
E não se encontra igualdade,
Onde estás felicidade?
É como o rio que corre,
É ponteiro a circular…
É dado que só marca zero pra quem nunca sorte terá…
Aqui se vive, se morre e a vida fica a girar…
É como um rio que corre, é alegria e dor sem parar,
É muito amor a queimar que não se pode conter,
É tudo isso a vida,
Como é difícil viver!

( poema de Célia Cavalcanti – já musicado- 1976)

Obs: Imagem da autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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