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Pobre Catherine Nicaise Elisabeth Leroux,
Cinqüenta e quatro anos de serviços,
Uma medalha de prata,
Vinte e cinco francos
E o direito a algumas missas.

Por que Flaubert não contou
Tua história,
Teus amores,
Teus sonhos,
Desilusões e descrenças?

Só te deixou
A rigidez monástica
Muitas nódoas e nódulos nas mãos.

Eu não te vejo assim.
Jamais te verei assim.
Vejo-te alegre e hígida,
A chorar e a sorrir
Algum antigo amor
Esquecido e desbotado
Entre forragens e begônias.

Pobre Catherine Leroux!
Os sonhos morreram,
Mas ainda tens nas mãos
Vinte e cinco francos
E um sino que toca.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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