Paula Barros 13 de janeiro de 2010

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Ela estava triste e triste só ouvia música alegre. Chorava suas dores no embalo de sons animados, dançando as tristezas. Podia ser samba, forró, lambada, mambo, merengue, só não podia ser música romântica, nem triste. De tristeza só a dela.

Os ritmos acelerados desses tipos de músicas ajudavam as lágrimas a escorrerem pelo rosto de forma inconstante, sambando nas bochechas. De presente, sentou-se do lado oposto. Guardou o lugar dele ao seu lado, uma forma de confortar-se.
Era tímida, na tristeza, na dor criava coragem. Ele sorriu, sentou-se do lado oposto a ela. E agora? Os olhos se encontraram e sorriram. Ela com um gesto chamou ele para perto dela. Ele foi. Ao sentar-se acariciou a mão e segurou o dedo mindinho. Um carinho especial. A aula continuava e os dois adolescentes de meia idade acarinhavam as mãos como se só eles estivessem naquele ambiente
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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