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Procuro as palavras
E elas me fogem,
Consumo-me em cansaço
E tamanha fraqueza
De poeta incapaz,
Revoltado,
Que procura uma rima
E nunca que acha,
E se cala inquieto
Em pequenos pedaços
Sobre o branco papel
Que espera ansioso
A chegada dos versos,
Que falem ao mundo
Seus grandes desejos,
Angústias
E desilusões,
Mas acaba sem nada,
Inútil espera,
Nem sequer uma linha
De inspiração
Que refaça a mortalha
Em poeta cantante
Com seu fácil poder
De interpretação,
As coisas do mundo
E o ato da vida
Sua grande paixão
Enquanto viver,
Falando do tudo
E ensinando o nada,
Rimando em poesia
Uma frase de amor,
Falando do verde
Que é tão envolvente,
Do chão, dessa gente,
Da hora da dor,
Daquilo que vai
E em pouco se perde,
Com ida e sem volta
Mudando a paisagem,
Deixando um vazio
De devastação,
É a chuva que alaga
E o vento que expulsa,
O caos em miséria
De tudo que foi,
A mãe natureza
Em revolta infinita
Mostrando ao mundo
O porquê dessa dor.

(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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