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A Igreja, comunidade dos batizados, é rica pela diversidade dos ministérios e carismas. O apóstolo Paulo diz: “Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. […] Todos fomos batizados num só Espírito, para formar um só corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito” (1Cor 12,12-13). Que bela imagem para compreendermos bem aquilo que é a Igreja.

Todas as pessoas que estão engajadas na pastoral, seja numa grande cidade ou regiões metropolitanas, seja nas periferias das cidades e nas comunidades do interior, sem dúvida, enfrentam diariamente a angustiante realidade de tantas pessoas que não se pode alcançar, ou por causa das distâncias ou por falta de recursos humanos e materiais. As pessoas estão lá sedentas de Deus, cansadas, abatidas, sem sentido para a vida. Foi uma realidade parecida que Jesus enfrentou ao percorrer as cidades e povoados da Galiléia. Diante do que via, em atitude contemplativa, ficou sensibilizado e no coração sentiu compaixão por que estavam como ovelhas sem pastor. As pessoas estavam abatidas e no abandono.

Quantas vezes também nos sentimos assim. Apesar do empenho de pessoas dedicadas à animação das comunidades e ao anúncio do Evangelho, ainda faltam ministros ordenados, mais pessoas engajadas na ação evangelizadora, leigos preparados e comprometidos com a construção do Reino. Às vezes nos sentimos impotentes. E quando contemplamos a realidade da proliferação das seitas nas periferias e no interior! Ficamos tristes. E não é pra menos.

Nessa hora precisamos acolher e assumir como nossa, a oração do Evangelho: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita!” (Mt 9, 37-38).

Este é o quadro real: multidões sem pastor, ou, o que é pior, multidões com falsos pastores. Creio que todos nós pastores experimentamos a tristeza, o desânimo, a frustração por não conseguirmos responder às tantas necessidades do povo que acaba ficando, como diz o Evangelho, no abandono como ovelhas que não têm pastor.

Fico profundamente admirado e sensibilizado como, mesmo maltratadas pela irresponsabilidade humana, as pessoas mantém sua fé em Cristo.

Diante disso nos vem a pergunta: Meu Deus, o que fazer? E certamente a resposta só pode ser esta: enviai, ou melhor, multiplicai os operários para que o Evangelho possa ser anunciado para todos os que foram redimidos pelo Sangue Precioso de Jesus.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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