(a um imbecil que pensou que podia)
de alguém ou de uma poesia
há de querer sentir o gosto
e a suavidade de um certo rosto
há de querer o toque daquelas mãos
e sentir que te falta, e com razão
há de se lembrar de um descaso
e sentir no corpo todo o cansaço
da solidão
então há de enxergar a vida
através desta grande ferida
e por mais que tente
não conseguirá ir em frente
e esquecer…
seu passado de “glórias”
onde despertam as memórias
desta sua vida-maldita
de enganos e ambições
mentiras e ilusões
herói maquiavélico
há de vestir o manto do tempo
e relembrar em giga tormento
não apenas as decepções
criadas em sua “verdade”
mas de seus filhos alimentados
nesta sua brutal-imbecilidade
de ser e fazer simplesmente
para acontecer o momento
em flash acontecimento
há de sentir em algum lugar do futuro
o peso das lágrimas de multidões
cravadas na história de suas ambições
em infinitas “estrelas” ouvir os gemidos
de seus companheiros cantando seus versos
“conquistamos espaços somos
heróis em sentidos diversos ”
sim há de se lembrar um dia
desta antiga e pobre poesia