15 de dezembro de 2009
Ecologia
O tema é novo e parece ter sido provocado pela gravidade da crise ecológica que fez a ONU convocar a conferência do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Especificamente, na A. Latina, esta crise ecológica consiste na deterioração das grandes cidades, em suas zonas centrais e sobretudo nas periferias. No campo, as populações indígenas e camponesas são despojadas de suas terras e confinadas em terras menos produtivas, enquanto se continua derrubando as florestas. A resposta nas Nações para tal crise é o chamado desenvolvimento sustentável, que conjuga crescimento econômico com limites ecológicos. Diante disto, os bispos questionam: Estas aspirações são legitimas? Quem paga os custos de tal desenvolvimento? A quem se destinam seus benefícios? A resposta dos bispos a estes questionamentos está no próprio documento: o desenvolvimento tem de estar subordinado a critérios éticos que implicam o abandono de uma moral utilitarista e individualista. Proclama o princípio do destino universal dos bens da criação, questiona a riqueza, tal como é utilizada, e sugere aprender dos pobres a viver com sobriedade e a partilhar; valorizar a sabedoria dos povos indígenas, no tocante à preservação da natureza como ambiente de vida para todos. Lembra a figura de S. Francisco de Assis, como modelo de amor aos pobres e à natureza.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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