Marcante 8 de dezembro de 2009

Recebi de um grande e fiel amigo, um feio abajur vermelho, para ser usado em meu quarto. Não tinha a ver! Não combinava com nada. Só se via o abajur. Só ele aparecia… ninguém gostou. O problema foi formado. Até pilheria ouvi.

– É você a moça do abajur ? A insônia me abateu. Troquei o lado de dormir, tentei arrumar diferente, desisti. Ele cada vez mais aumentava e aparecia em todos os ângulos do quarto. Criei coragem, e acendi o ditoso! Imediatamente me senti bronzeada da cabeça ao pé. A vermelhidão dele, inundou todo o ambiente. Gargalhei pela primeira vez, consegui dormir.

Recebi no dia seguinte, uma amigo, que ao ver a peça, encantou-se e disse: – Este abajur fica bem no meu quarto. Lá é tudo vermelho.” Foi uma libertação! Logo entreguei.

A noite cai, a madrugada se agita e a manhã preguiçosamente floriu, de uma noite longa sem nenhum bronzeamento… Senti sua falta. Corri até a casa da minha amiga, resgatei meu abajur lindo, fiel amado e o coloquei de volta em grande estilo, do lugar donde nunca deveria ter saído.
Agora somos: eu, o abajur e você entre nós – sempre.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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