17 de novembro de 2009
Lembro bem quando era mais jovem
e usava cabelos compridos como os índios
e sentava no chão, pernas em anel
ao modo de um chefe Touro Sentado.
Abria as veias para que delas
escorresse poesia:
“homem branco, mente branca
pinta de preto o que lhe parece colorido”.
Agora, é preciso ser objetivo e prático
e minha vida tem a cara pálida
e fecho meu coração para que dele
não corra sangue
e nada em mim, exceto um olhar triste
lembra um cheyenne ou um xavante.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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