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SUOR
E
R
E
R
dói o corpo
enquanto goteja água salgada
por entre fretas de um ser
que nestas arestas
finge viver a vida feliz
dói a consciência entre demência
dos filhos perdidos e pede clemência
mastiga a raiva desta imprudência
e vive assim
procura refúgio no vício no lixo
à cata da lata
que vende em troca do luxo
de ter o ar que respira
inspira podridão nesta dimensão
onde é o bicho dos bichos
na luta na caça e sem raça
se deixa vencer é só mais um ser…
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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