Escrito em 15 de novembro de 2000,
São vegetais os sentimentos, pois eis que há, defletindo
O rio do tempo, o carvalho de maior caulescência.
E ele, beijando as correntezas, onde tudo é afluência,
É o que é imorredouro, isto é, o amor que só eu sinto.
E o sinto, pois é este, dos sentimentos, o mais distinto,
Cuja sombra mata algumas plantas da adjacência,
Para que não mais nasçam vegetais da abnuência,
Mas sim, apenas, o que do carvalho é provindo.
Desta feita, torna-se infinda a árvore gloriosa,
A qual se propagará em existência preciosa,
Gerando, como filhos, inúmeros frutos e flores.
E estes firmarão que, de C. e T., toda relação, afetuosa,
Eternizou-se na planta, a qual, desde o baobá à rosa,
Representa o mais verdadeiro de todos os amores.