O plano de Deus para os casais

Para saber o que Deus quer para nós precisamos olhar à Bíblia. No primeiro capítulo do primeiro livro – Gênesis – encontramos Deus planejando o cimo da sua criação: “’Vamos criar o homem à nossa imagem e semelhança.’ E Deus criou o homem à sua imagem: criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gen 1:26). Não é este homem ou aquela mulher que é imagem de Deus, não. É o casal, um homem e uma mulher que pertencem um ao outro, que Deus criou à sua imagem e semelhança. “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gen 2:24).

Conseqüentemente, na criação da espécie humana em sua imagem, Deus lhe deu algumas das suas qualidades – a capacidade de amar, de perdoar e uma vontade livre – que Ele não deu às outras criaturas. Ao homem, Deus deu as suas características de pai. Deus fez o homem a cabeça do casal. Como cabeça, foi dado ao homem a capacidade de planejar e administrar o trabalho de continuar a criação terrestre. Cabe ao homem a proteção e a defesa deste projeto do Pai.

Numa maneira semelhante, Deus criou a mulher igual ao homem: “osso do meu osso, carne da minha carne” (Gen 2:22). Deus lhe deu as suas qualidades de mãe. Ele fez a mulher o coração do casal. A função do coração é a responsabilidade de manter a vida e a união da humanidade. Cabe à mãe o trabalho de acolher, de trazer à realização e de dar estabilidade à obra da criação terrestre.

Assim se vê que o homem e a mulher foram criados iguais, porém com muitas características e funções diferentes. Assim como as nossas duas mãos, as diversas funções se complementam e podem fazer muito mais juntas que sozinhas. Unidos, o homem e a mulher podem continuar a sua missão dada por Deus logo no início – “sejam férteis e multipliquem; encham a terra e a subjuguem. Tenham o domínio sobre os peixes do mar, as aves do céu, e todas as coisas vivas que se movem sobre a terra” (Gen 1:28). Se uma família fosse um barco, o pai seria como o leme – que dá lhe a direção; a mãe como a quilha – que lhe dá sua estabilidade.

O casal é a semelhança de Deus porque tem a responsabilidade de imitar a Deus, de fazer o que Deus faz. Para descrever a Santíssima Trindade, dizemos que a obra do Pai é a criação, a obra da Palavra ou Filho é de revelar o Pai e a obra do Espírito Santo é de santificar a criação dando a vida de Deus a toda humanidade. Ao casal é dada a continuação destas obras. O casal continua a criação pelos filhos e pelo uso e a proteção da natureza. Como o Filho, o casal revela o Pai pela sua vida de amor e de perdão (Jo 15:12) e pelo serviço aos necessitados (Mt 35:34-40). E também, como o Espírito Santo, o casal santifica o mundo pela vivência e serviço (1 Ped 3:8-9), por sua vivência anunciando a presença de Deus no mundo (Rom 8:14-17) pela fé, oração, justiça, e pelo exemplo de vida santa dado aos outros (Mt 5:3-12) e pelo o acolhimento fraternal (Rom 15:7).

Infelizmente o que Deus quer, o homem não faz. O que Deus projetou, o homem destrói. O homem pecou e continua a pecar. A Bíblia procura nos mostrar como o mal entrou no mundo através da história de Adão e Eva. Por causa do pecado o Filho se encarnou no mundo. Ele veio para nos salvar do pecado, para nos libertar do mal para o seu reino. Assim também como o Filho, o casal deve se encarnar no mundo para ajudar na salvação, para levar Deus aos descrentes e para dar testemunho de que o mundo é de Deus (Mt 28:19, Mc 16:15).

A vida do casal deveria dar prova de que Cristo está aqui no mundo como ele prometeu (Mt 28:20). O casal investe a sua vida no mundo e aposta na presença contínua de Deus, confiante que poderá ter e criar os seus filhos dignamente num ambiente cristão. Tudo isso se acha no projeto de Deus. Conforme à Bíblia, é isso que Deus quer dos casais.

 

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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