20 de outubro de 2009
Um poema que fale
do amor mais perfeito
da razão de existir
nesse meu jeito
moleque de ser
assim meio sentimental
Enquanto parei
eles continuaram
nem mesmo era a hora
de reabastecer as máquinas
Vi as pegadas mais fundas
Nas areias imundas
homens mortos
cadáveres a pernoitar
nas tristezas de um chão frio
Era a lama e o barro
o rastro das máquinas
frios emagrecem
como morrem os peixes dos rios
poluídos
Já terminei meu poema
não falei de nada que eu quis
Cansado corro ainda
no vale nas máquinas
que desaparecem
com o poema que não escrevi
nas mãos
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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