Pingos grossos e contínuos de cristal, em todo o topo do gigantesco limoeiro, dá um toque de frescor e harmonia. Cada limão ostenta em sua base a gotinha que logo, logo cai compassadamente, dando lugar a outros que a seguem. Pássaros e borboletas somem, para onde não sei; cedendo a sua vaga para a chuva que agora se faz dona. Não mais se ouve o canto lindo dos bem-te-vis e outros que por enquanto, deixaram de ser donos.

O ritmo da água no asfalto é cadente. Os carros chiam ao passar nas poças mais abundantes. O tempo é sombrio e, se faz triste! É contagiante este clima, e como aliado segue o vento constante, que me faz encolher e beber toda a solidão em que me encontro.