Paula Barros 3 de agosto de 2009


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Às vezes surge quando muito ainda precisa ser dito
Ou quando mais nada adianta ser dito

Ele surge quando falamos e o outro não escuta
Quando falamos e o outro não compreende
Quando falamos e o outro quer ouvir outra coisa

O silêncio é muitas vezes a forma de dizer
Ou que não se tem mais nada para dizer
Ou que se tem muito para dizer e não se sabe como dizer

O silêncio às vezes é o receio de falar, de se expor
De magoar, ou magoar-se

Mas o silêncio, esse silêncio do não dito
Magoa, fere, inquieta
A quem não fala, a quem não escuta

Porque esse silêncio grita com quem não fala
Grita com quem quer escutar, e só escuta o silêncio

O silêncio
Que fala da indiferença, do desprezo, do chega para lá
Esse silêncio desperta vozes dentro da gente

Obs:Imagem da autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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